O prefeito de Itapuí, José Gilberto Saggioro (PPS), teve de renegociar a compra de área da Cosan para instalação de aterro sanitário na cidade. Inicialmente, o terreno a ser adquirido pelo município tinha 24,2 mil metros quadros (1 alqueire).
Recentemente, após consulta na Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), a administração verificou que há resolução da agência ambiental a qual determina que aterros sanitários têm de possuir pelo menos 30,2 mil metros quadrados, além de 20% de área verde.
A área negociada entre o grupo e a prefeitura passou a ser de 36,4 mil metros quadrados. A remarcação da gleba foi feita anteontem por técnicos da Cosan. O terreno fica a cerca de 1 quilômetro do antigo lixão da cidade, interditado em fevereiro deste ano pela Cetesb. Saggioro prepara decreto para desapropriar o terreno.
A assessoria de imprensa não divulgou valor da negociação, mas informou que o projeto para o aterro está em fase de elaboração e que a agência ambiental em São Paulo se comprometeu com o prefeito a emitir a licença de instalação dentro de 30 dias após o pedido.
No início deste mês, o promotor de Justiça de Meio Ambiente da Comarca de Jaú, Jorge João Marques de Oliveira, enviou ofício no qual questiona Saggioro sobre onde é depositado atualmente o lixo domiciliar recolhido em Itapuí. A assessoria afirma que os dejetos são levados para a cidade de Guatapará, na região de Ribeirão Preto, mas não divulgou o custo dessa operação. Antes, a administração transportou o lixo para o aterro de Bocaina durante quase duas semanas.
Em março, o Comércio noticiou que a prefeitura depositava lixo na área que hoje negocia com a Cosan. Na época, a empresa confirmou o depósito irregular e disse que contataria a administração para retirada dos resíduos do local.
O antigo lixão foi interditado por causa da falta de licenciamento, má operação, ausência de cobertura do lixo, presença de animais e livre acesso à população. Em uma das visitas, havia um homem residindo na área. (BZ)
Fonte: Jornal Comercio do Jahu
