segunda-feira, 28 de setembro de 2009

VEREADORES DE BORACEIA APROVAM LEI QUE PREVE MULTA ÀS USINAS QUE NÃO EFETUAREM LIMPEZA DAS ESTRADAS RURAIS


VEREADORES DE BORACEIA APROVAM LEI QUE PREVE MULTA ÀS USINAS QUE NÃO EFETUAREM LIMPEZA DAS ESTRADAS RURAIS



A Câmara de Vereadores de Boracéia aprovou, por unanimidade, na última sessão ordinária realizada dia 21, o Projeto de Lei Nº 11/2009 que autoriza o Poder Executivo a instituir penalidade às usinas e destilarias de açúcar e álcool que não efetuarem a limpeza das estradas rurais e urbanas de Boracéia. O projeto, criado pelo presidente da Câmara Municipal de Vereadores Marco Antônio Lauriano Batista, foi encaminhado para o Poder Executivo para análises jurídicas.

O município de Boracéia é grande produtor e serve de rota de escoação de cana-de-açúcar para usinas e destilarias de açúcar e álcool da região. No entanto, as estradas urbanas e, principalmente, rurais do município sofrem com a grande quantidade de restos de cana deixados na hora da colheita. “O objetivo desta lei é clara: obrigar as usinas e destilarias a limparem e deixarem as estradas em condições de uso para os munícipes em geral”, explica o autor da lei vereador Marco Antonio Lauriano Batista.

Outro grande problema enfrentado pelos proprietários rurais e munícipes é o estado de deformidade das estradas rurais. “Os tratores das usinas e destilarias deixam surcos e quantidades enormes de adubo nas estradas rurais, danificando-as imensamente. Isso prejudica quem circula pela estrada, principalmente o trabalhador e o pequeno proprietário que depende do bom estado da estrada para escoar sua produção”, afirma Batista.

O Projeto de Lei prevê que após receber uma advertência, a usina ou destilaria receberá multa equivalente a 100 UFESP´s, algo em torno de R$ 1,6 mil. “Quem não mantiver as estradas limpas e trafegáveis será advertido pelo município. Se houver reincidência, será aplicada multa. Em caso de uma nova reincidência, a Prefeitura Municipal se encarregará de fazer a limpeza da extensão utilizada da estrada e cobrará da usina ou destilaria as despesas decorrentes, incluindo multa em dobro”, finaliza Batista.


PREFEITURA MUNICIPAL DE BORACÉIA

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Moradores reivindicam mais emprego em Itapuí



Priscila Donato
prisciladonato@comerciodojahu.com.br

Mais emprego e segurança pública é o que moradores de Itapuí dariam de presente à cidade hoje, data de comemoração de seus 96 anos. As reivindicações foram apontadas por 12 das 20 pessoas entrevistadas pelo Comércio anteontem nos bairros Irmãos Franceschi, Maria Rosário, Mar Azul e Centro.
“O que a cidade mais precisa é de emprego, o mercado de trabalho é muito escasso. Quem não trabalha nos abatedouros não tem muita opção, nem o comércio cria muitos empregos”, afirma a dona de casa Marli Andriolli Berchol. “Quem não trabalha nos abatedouros tem de sair daqui. Minha filha, por exemplo, é enfermeira e tem de trabalhar em Jaú toda madrugada”, fala a também dona de casa Rosa Mendes Barbosa.
A pensionista Carmen Eufrásio Laureano conta que seu filho, neto e nora estão desempregados e a dona de casa Maria Solange Batista acredita que Itapuí deveria ter Legião Mirim, a fim de facilitar o ingresso de jovens no mercado de trabalho.
Dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entretanto, mostram que de janeiro a julho o nível de emprego em Itapuí cresceu 1,8%: foram 1.222 admissões contra 1.154 demissões, o que resulta em saldo positivo de 68 postos de trabalho.
Em vista disso, o prefeito de Itapuí, José Gilberto Saggioro (PPS), se diz surpreendido com a reivindicação popular. “Dentro da região, notamos que Itapuí está bem. Temos várias indústrias e recebemos trabalhadores até de outras cidades. Acredito que por ter bastante oportunidades, muitas pessoas vêm para a cidade sem qualificação e acabam ficando na ociosodade.”
Para amenizar essa questão, o prefeito afirma que há quatro anos a prefeitura desenvolve o Projeto Mãos à Obra, que tem duração de seis meses e visa a reencaminhar desempregados ao mercado de trabalho.

Violência

A área da segurança também preocupa os itapuienses. O comerciante Maurício Cincoto conta que diversos colegas foram assaltados e acredita que existe muita violência na cidade para o tamanho da população. Essa também é a opinião da dona de casa Geralda de Jesus Araújo. “O mercado perto da minha casa foi roubado mais de uma vez. Outro problema é o tráfico de drogas, que preocupa bastante.”
A professora Erica Luiz Paes sugere que a prefeitura envolva crianças e adolescentes em projetos, para que não fiquem à toa pelas ruas e se envolvam com drogas.
No primeiro semestre deste ano, conforme estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP) do Estado, houve crescimento no número de furtos e roubos praticados na cidade em relação ao mesmo período do ano passado.
O problema, na visão de Saggioro, é preocupante, mas segundo ele, o que a prefeitura pode fazer é pedir auxílio à SSP para que incremente o efetivo tanto da Polícia Militar como da Civil, que estão desfalcadas em todo o Estado. “Antes eram pequenos furtos, agora são roubos à mão armada”, diz.
O prefeito ainda anuncia que em janeiro deve ser iniciada a construção da estação de tratamento de esgoto da cidade, obra orçada em R$ 3 milhões e que será totalmente financiada pelo Programa Água Limpa, do governo do Estado.
Infraestrutura também é demanda

Moradores de Itapuí questio-nados pela reportagem do Comércio ainda apontaram como necessidades do Município melhorias em infraestrutura, educação e saúde.
“A cidade está abandonada na parte de infraestrutura. Não tem asfalto, as ruas estão cheias de buracos. A prainha também está sem condições de uso”, reclama o pintor Edvaldo Silvério. “Muitos bairros não têm asfalto nem galerias”, aponta o pedreiro Alexandre Marques.
A qualidade do ensino oferecido na cidade tem de melhorar, segundo o pedreiro Deusmário Vitor de Souza. “Existem vagas, mas a qualidade deixa a desejar. Minha filha está na segunda série e até hoje não sabe ler, nem os colegas dela.” A auxiliar de serviços-gerais Sandra Aparecida Cândida, por sua vez, pede melhorias no transporte escolar. “Acho o setor de educação falho. Só os alunos que estão na Emei têm transporte, os outros, como é o caso da minha filha, não têm. Hoje tenho de pagar uma van para levá-la à escola.”
No que diz respeito à saúde, a dona de casa Francislaine da Silva sugere que a prefeitura disponibilize um pediatra 24 horas na cidade, enquanto o pedreiro Reginaldo Jair Conessa critica a demora no atendimento: “qualquer doença mais grave precisamos sair da cidade”. (PD)

Fonte Comercio do Jahu