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quinta-feira, 9 de julho de 2009
Itapuí é questionada, de novo, sobre lixo
Fonte: Comércio do Jahu
Bianca Zaniratto
biancazaniratto@comerciodojahu.com.br
Pela terceira vez apenas neste ano, o Ministério Público Estadual (MPE) em Jaú oficiou ontem a prefeitura de Itapuí para indagar sobre a destinação do lixo domiciliar do município. Com o lixão interditado desde fevereiro, a administração do prefeito José Gilberto Saggioro (PPS) negociou área com a Cosan para instalação de aterro sanitário. Os resíduos sólidos estariam sendo destinados a empresa de Guatapará, na região de Ribeirão Preto.
O promotor de Justiça Jorge João Marques de Oliveira quer saber desta vez quanto a cidade já gastou, mês a mês, para destinar o lixo para outro município, além de solicitar cópia do contrato firmado entre a administração e a empresa CGR Guatapará – Centro de Gerenciamento de Resíduos Ltda., e dos documentos (empenhos e recibos) relativos às despesas mensais com o lixo. O prazo “improrrogável” para resposta é de dez dias.
A assessoria de imprensa de Saggioro disse que a prefeitura deve encaminhar à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) em Bauru o projeto físico do aterro sanitário até o dia 15. A agência ambiental tem 30 dias para aprovação e imediatamente após essa etapa, começam as obras. As indagações feitas pelo Comércio sobre o contrato com a empresa de Guatapará, porém, não foram respondidas pela assessoria.
A assessoria de imprensa da CGR Guatapará, que pertence ao mesmo grupo da Leão Leão, disse que o contrato firmado emergencialmente com Itapuí se estende até 18 de setembro, desde 19 de março, e o transporte do resíduo é feito em dias alternados e fica sob responsabilidade da empresa. A parceria prevê transporte e acondicionamento de 230 toneladas de resíduos por mês.
Definitiva
Marques de Oliveira enviou nova solicitação à prefeitura de Itapuí após receber resposta de ofício destinado à Cesteb. No documento, o gerente da unidade de Bauru, Marcelo Antunes, reitera a interdição definitiva do lixão e informa que a CGR está devidamente licencia-da pelo órgão ambiental para operar aterro sanitário.
A prefeitura teve de renegociar a metragem da área após ciência de determinação da agência ambiental sobre área mínima de 30,2 mil metros quadrados para instalação de aterros sanitários, além de 20% de área verde.
O terreno fica a cerca de 1 quilômetro do antigo lixão e no fim de março, o Comércio noticiou que a prefeitura depositava irregularmente os detritos na área. Logo após a interdição do lixão, Bocaina recebeu durante cerca de 15 dias o lixo produzido na vizinha Itapuí.