domingo, 15 de março de 2009

MPE questiona onde Itapuí vai colocar lixo


Paulo Roberto Cruz
15/03/2009

O Ministério Público Estadual (MPE) quer informações da prefeitura de Itapuí a respeito da destinação do lixo domiciliar do município. O promotor de Justiça Jorge João Marques de Oliveira quer saber quando e onde vai ser construído um novo aterro, onde são colocados os detritos atualmente e se haverá necessidade de firmar convênio com empresa para terceirizar o serviço. O lixão da cidade está interditado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb).
Marques de Oliveira propôs em 2005 ação civil pública contra a prefeitura de Itapuí por causa do esgotamento do aterro sanitário do município, que à época não tinha mais condições de receber lixo. O promotor de Justiça cobrou solução para o problema, uma vez que o acondicionamento estava em desacordo com as normas ambientais. Em setembro de 2006, a ação teve sentença favorável ao Ministério Público. O prefeito José Gilberto Saggioro recorreu e o caso está no Tribunal de Justiça (TJ) do Estado de São Paulo.
Saggioro diz que nas últimas semanas o lixo de Itapuí é enviado a Bocaina, onde passa por um processo de pré-seleção e parte é encaminhado à reciclagem. Também declara que não pretende terceirizar a coleta e o aterramento dos detritos. “Eu mantive contato com uma empresa da cidade de Guatapará, na região de Araraquara, que pode ser contratada, mas minha intenção não é terceirizar. Só farei isso em último caso”, declara.
O prefeito se reuniria com representantes do Grupo Cosan, para negociar a aquisição de gleba de um alqueire (24,2 mil m2), onde quer instalar um novo aterro. Saggioro acredita que nessa área será possível depositar o lixo de Itapuí por 15 anos ou mais. “O aterro anterior, que está interditado, foi subutilizado. Por esse motivo, já estava esgotado quando assumi em 2005. Se tivesse sido usado corretamente, a cidade ainda teria onde colocar o lixo”, diz. (PRC)

Fonte: Jornal Comercio do Jahu